Constantemente ouvimos falar sobre uma teoria de fórmula mágica do emagrecimento, como um equilíbrio entre alimentação saudável e prática de atividade física. Porém, na prática, sabemos que não é tão simples assim e que existem diversos outros fatores a serem levados em consideração.
A grande dificuldade, muitas vezes, acontece por fatores como: aderir uma dieta adequada para o seu estilo de vida, reconhecer o sedentarismo, fatores genéticos e hormonais, como distúrbios da tireoide e insulina, e por último, o fator emocional que está fortemente envolvido neste processo, e que muitas vezes, não recebe a importância necessária.
Emagrecimento x Fator emocional
De fato, nossa vida emocional, exerce um grande impacto no processo de emagrecimento. Uma pessoa ansiosa tende a comer de forma mais descontrolada, muitas vezes sem perceber. Uma pessoa deprimida, pode depositar na comida suas necessidades emocionais, gerando à compulsão alimentar.
A alimentação está diretamente relacionada com o fator recompensa e sensação de prazer.
Comemos para nos satisfazer, pelo sentimento de merecer aquele alimento como forma de auto premiação. É comum estarmos estressados e pensarmos ‘’Meu dia está difícil, portanto, eu mereço comer X coisa’’ ou até mesmo no pensamento de desperdício ‘’Tenho que comer tudo e não posso deixar sobrar’’ deixando de lado o seu limite entre saciedade e estufamento.
Entramos então, na questão de: Por que é tão difícil seguir uma dieta? Para isso, existem diversas razões. É importante entender as suas necessidades e a sua realidade para adequar sua dieta com a sua rotina, onde certamente será impossível cozinhar em todas as refeições quando a pessoa passa o dia todo fora e muitas vezes, na correria.
Para isso, uma boa estratégia está no planejamento semanal.
Planejar seus cardápios, suas idas ao mercado e montar seus pratos deve ser seu aliado neste momento. Separe um momento para criar uma lista dos alimentos que estarão inclusos no seu cardápio, facilitando assim sua lista de compras. Pesquise sobre a diversidade dos alimentos e saia da mesmice para não enjoar do alimento e usar como desculpa o sabotamento da dieta.
Um exemplo é o simples tomate do dia a dia.
Ele pode estar na salada, no vinagrete, assado com outros vegetais ou proteínas, grelhado com azeite e ervas frescas, recheados com carne, queijo ou ovos, entre diversas outras opções. Use sua criatividade, saia do básico e aproveite as variações.
Ao entrar em uma dieta, entende e priorize as suas necessidades e suas vontades, saiba equilibrar para não precisar deixar de lado aquele pãozinho que muitos fazem questão no café da manhã. Busque alternativas, entenda os porquês. Dando o exemplo do pão francês, entenda que talvez ela não seja o grande vilão que te impeça de emagrecer. Será mesmo que é necessário trocá-lo pela tapioca? Busque opções como retirar o miolo do pão ou usar apenas uma fatia de queijo ao invés de 3. Converse sempre com um profissional adequado para equilibrar sua dieta com as suas vontades e emoções.
De nada adianta criar um cardápio somente com alimentos que você não gosta, e que certamente irá seguir por um determinado tempo, até não aguentar mais, e entrar então no temido efeito sanfona. Por este motivo, entre diversos outros, é comum escutarmos que houve um emagrecimento durante a dieta, seguido de ganho de peso voltando a estaca 0. Por fim, entenda que o emagrecimento, não necessariamente representa restrição alimentar, e sim, dosar as quantidades.
Além de seguir regrar propriamente ditas, é necessário um exercício psicológico constante.
O não entendimento do seu próprio corpo, é o principal vilão durante o emagrecimento. Faça mudanças graduais, sempre que possível. Se proponha a desafios como comer pelo menos 1 variação de fruta por dia, ou beber x quantidade de água. Ou então, reduzir o açúcar do inocente cafezinho, uma vez que 1 colher de sobremesa ou 1 sache, equivale a 20kcal. Se você consome 5 cafés adoçados por dia, a soma é de 125 kcal diárias, que equivalem a 4 quadradinhos de chocolate. Faça substituições conscientes.
Reconheça atitudes que atrapalham no seu processo, como as refeições preventivas quando não se está com fome, pelo medo de passar fome depois.
O comer sem fome só porque está na hora daquela refeição, ou porque tem uma maior quantidade disponível. Ou ainda sim, o oposto, que é comer compulsivo quando se está com muita fome por pular refeições.
Outro fator importante de reconhecimento, são as famosas ciladas da vida real.
Quem nunca caiu na oferta ‘’Cobertura extra por somente 1 real’’? Será que estar promoções são realmente vantajosas? Financeiramente falando, sim! Batata grande, refrigerante grande, por pouca diferença de valor parece tentador.
Estas promoções nos fazem comer quantidades exageradas, e no fim percebermos que não precisava e que ficou até passando mal. Perceba que comer um sorvete quando se tem vontade não é um problema, e sim comer além do que você precisa apenas pela disponibilidade. Fique sempre atento a gatilhos.
Você sabia que a sua história de vida pode contar sobre a sua alimentação atual?
Temos como exemplos: Se você já viveu situações de escassez, pode estar relacionado com excessos cometidos no hoje. Carregar consigo o lema ‘’é melhor sobrar do que faltar’’, te leva a comer mais que o necessário e comprar comidas em grandes quantidades (fazendo também você gastar mais dinheiro). Ou então, associar a comida com recompensa, hábito comum ainda na infância, que pode ser carregado por toda a vida adulta.
Por fim, seu corpo deve ser tratado como um todo.
É preciso ter paciência, constância e autoconhecimento. Seu corpo é mais inteligente que você, portanto, saiba reconhecer os sinais físicos de fome e saciedade para aprender o quanto é suficiente comer. Saia do ciclo: Restrição alimentar> Frustração e tristeza> Desejo do alimento proibido> Exagero> Sentimento de culpa>insatisfação corporal e ganho de peso> de volta à restrição alimentar. É preciso cuidar da mente, para assim, conseguir cuidar do corpo.
Procure sempre profissionais para ajudar neste processo de conhecimento e dê um passo de cada vez, porém bem feito, para não precisar recomeçar varias vezes pela frustação e sensação de incapacidade
0 Comentários